segunda-feira, 7 de maio de 2018

07 de Maio de 2018.

Há quantos anos não posto? Há quantos anos esqueci o que era derramar palavras em uma tela apenas pela sensação de desabafo? Guardei mil posts, arquivei-os e somente sobraram aqueles postados do meu outro perfil, aquele cuja senha esqueci e que não vou mesmo nunca lembrar. Melhor assim, talvez. Melhor que eles tenham ficado, são trechos da minha "eu" de 2011. Faz tempo.

Tenho sentido novamente a necessidade da escrita e não consigo saber até onde isso é bom ou ruim. Muitas perguntas, poucas respostas, essa sempre foi a minha realidade. Nos últimos ciclos ela tem voltado a aparecer. Coisas tão bem guardadas, tão quietas e calmas. Que nada, ainda estão aqui. Arrependimentos, tristezas e derrotas. De que somos feitos, senão disso? As felicidades passam, as alegrias e esperanças passam. Ou concretizam-se. Mas os sentimentos ruins ficam ali, quietos, esperando para ressurgirem ao menor sinal de fraqueza. E as palavras saem correndo dos dedos para dizer tudo isso. Coisa estranha, coisa entalada no peito.

Essas noites, chorei. Um choro convulsivo, um choro que me fez levantar da cama e ir para o chuveiro. Um choro que queria me mostrar tristeza ou paz, eu não sei. Um choro que lavei com água, mas que não me lavou por dentro.

Travo.

Agonia.

Amargor.

Um amargo que vem contaminando meu sorriso, minhas interações sociais e minha paciência. Um amargo que não tem muita volta, mas que tem perguntas e dúvidas e silêncios.

"Nada". Eu sempre digo que não é nada.

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