segunda-feira, 7 de maio de 2018

Ao Marcelinho, com amor.

Você não viu esse mundo, pequeno Marcelinho. Mas você foi amado. Por cada uma dessas suas tias, você foi amado. Você habitou os nossos sonhos, nossas orações e nosso acalento. Você habitou os lábios e os dedos de cada uma de nós quando falávamos ou escrevíamos sobre você. Você habitou os sonhos da sua mãe, o sorriso dela, a esperança dela.

Sua vinda nos fez mais fortes, Marcelinho. Nos fez mais conhecedoras da esperança e da miséria que é sermos humanas. Nos fez ter fé e também nos fez descrer. Sua vinda escondido de Iza e depois revelado Marcelinho nos fez ver como a vida muda ligeiro. E não vamos conhecer teus olhos Marcelinho. Não vamos nunca descobrir o som do seu choro ou do seu riso.

Sua mãe e nós, suas tias, estão despedaçadas, nosso pequeno. Mas essa tristeza toda também vai ser esperança. Você foi amado e desejado, ansiado, aguardado. Não deu para estar conosco fora do seu casulo de amor, entendemos. O Universo te quis em outro lugar. Deus te fez lição, Marcelinho. Eu não sei tudo o que aprendemos, pois o sofrimento da sua mãe foi e será grande ainda. Mas sabe de uma coisa, Marcelinho? Deixa eu te contar... Sua mãe é uma fortaleza em forma de mulher. Ela escolheu você, ela acolheu você e vai te parir amanhã. Ouvi um áudio dela agora, tinha parado a escrita para ouvir. E ouvi a voz de uma pessoa forte, de uma rocha. mesmo que seja difícil para ela, ela está nos mostrando que tem um coração infinito, uma fé grande e o sorriso da sua mãe veio na minha mente, Marcelinho. é um sorriso de menina, de moleca, sabe? É o sorriso mais doce que você um dia poderá sonhar, pois é o sorriso daquela que te amou desde a concepção até o infinito. E vai ser lá, no infinito, que vocês vão se reencontrar e entrelaçar mais uma vez a vida de vocês.

Fica bem, nosso menino. Dorme o sono dos anjos. Suas tias te amam desde sempre e para sempre.


07 de Maio de 2018.

Há quantos anos não posto? Há quantos anos esqueci o que era derramar palavras em uma tela apenas pela sensação de desabafo? Guardei mil posts, arquivei-os e somente sobraram aqueles postados do meu outro perfil, aquele cuja senha esqueci e que não vou mesmo nunca lembrar. Melhor assim, talvez. Melhor que eles tenham ficado, são trechos da minha "eu" de 2011. Faz tempo.

Tenho sentido novamente a necessidade da escrita e não consigo saber até onde isso é bom ou ruim. Muitas perguntas, poucas respostas, essa sempre foi a minha realidade. Nos últimos ciclos ela tem voltado a aparecer. Coisas tão bem guardadas, tão quietas e calmas. Que nada, ainda estão aqui. Arrependimentos, tristezas e derrotas. De que somos feitos, senão disso? As felicidades passam, as alegrias e esperanças passam. Ou concretizam-se. Mas os sentimentos ruins ficam ali, quietos, esperando para ressurgirem ao menor sinal de fraqueza. E as palavras saem correndo dos dedos para dizer tudo isso. Coisa estranha, coisa entalada no peito.

Essas noites, chorei. Um choro convulsivo, um choro que me fez levantar da cama e ir para o chuveiro. Um choro que queria me mostrar tristeza ou paz, eu não sei. Um choro que lavei com água, mas que não me lavou por dentro.

Travo.

Agonia.

Amargor.

Um amargo que vem contaminando meu sorriso, minhas interações sociais e minha paciência. Um amargo que não tem muita volta, mas que tem perguntas e dúvidas e silêncios.

"Nada". Eu sempre digo que não é nada.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

???

Mesmo que eu perca, não sou boa com jogos, sou a mesma menina sincera do "interior", aquela que diz o que pensa e que se ferra sempre pelas mesmas bobeiras, aquela que é convicta da simplicidade das coisas e que se alegra com um mero sorriso tolo e inutil para alguns. E não o pretendo deixar de ser, simplesmente pq jamais haverá um motivo forte o suficiente para me fazer deixar de sê-lo. Mesmo o bendito maldito coração.... Mesmoa bendita maldita faculdade, mesmo a quebração de cara, minhas tolices e mesmices. poderia ser outras, po0deria ser outras... Mas, desculpe-me, sou eu.

Devaneios idiotas.

Não vais me ver, não estou aqui e serei sempre isso, o invisivel de ti.

Serei o verso que não chega a minha boca, para não chegar aos teus ouvidos....

Serei uma brisa que já não sopra, pois estou parada no tempo.


Sereia mesma água e sempre, a bebida no teu corpo a te inebriar, mesmo sem encostar nos seus lábios.]Serei aquela que você não quer, mas que te ouve.


E no fim não serei nada, pois muda ficarei. Essas serão minhas poucas e últimas palavras e me prometo não mais querer-te publicamente, mas guardar-te onde eu mesma te esqueça.

Não podes.
 
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